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sexta-feira, 13 de julho de 2007
Chamo-te, devagarinho, cuidadosamente
Vem aninhar-te no meu canto,
humedecer de lágrimas secas a pele branca do meu tapete
Vem usar-te do meu corpo,
fazer da minha pele o teu lençol:
protector de sonhos, recanto de bocejos
água limpa refrescada pela brisa matinal
vem sentir a minha mão apaziguar o teu cabelo revolto,
deixa-me admirar a felicidade dos teus olhos tristes,
o alvorecer do teu sorriso crepuscular
e num sonho acordar
uma jovem frescura sentir...
o teu olhar brilha nos meus olhos,
o teu cabelo adormecido nos meus ombros,
o teu coração bate dentro do meu peito,
mole, desidratado, triste compasso fatigado
os planos mamilos enchem-se em seios erectos
o teu doce colo no meu ventre lascivo
A tua alma refugiou-se no meu corpo
O teu corpo na minha alma se deitou
E adormecido no teu corpo
o meu corpo morreu.