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sexta-feira, 1 de junho de 2007
At quinta jun. 14, 07:05:00 da manhã, linfoma_a-escrota DIVAGAÇÃO UM E DOIS
Já é tarde
e o vento baloiça nas árvores
que dançam ao som do seu canto.
burburinho imerso, secreto silêncio
as flores rubras de sangue ardente
as rosas doiram o ar com o seu reflexo metal
brancos lírios em seu vítreo suspiro
o ar doce de adocicado mel
agreste sândalo, leve aroma e jasmim
brisa suave, instante perdido na eternidade
mãos violáceas, rubros corpos ensombrados pelo ocaso
Já é tarde
o oceano mergulha no rubro leito do horizonte...
E os nossos lábios à sombra de um beijo.
Algo cá dentro atrai para magoar,
tal qual homicidas traficantes ao desistir de hesitar.
Questiono a comunhão ideal
por aspirar estar sozinho como dantes,
complexado na raíz dos cabelos fechámo-nos
em mosto cobarde de vício e insanidade
mas calo-me,
aqueles olhos vêem-me por fora, dentro
conhecem o âmago e não fogem ao vê-lo
(nunca fui tão feliz).
Algo cá dentro faz candeeiros parecer tudo e nada,
faz pensar lato incessante,
eu, tu, ele, nós, vós, eles
(para que servem os verbos afinal?).
Óraculos de ódio buscam jardins
poder, controlo, segurança;
hálitos cegos em esperança rezam
chacinam pela procriação (reprimida),
por diferenças que censuram (querem), ficam-se
pela ciência visível (que todos conhecem).
Finaliza o prolongamento e
fujo do que é de todos os dias pelas
veredas, varandas e discrepâncias dos andaimes que
motivam angústia escondida, dores psicológicas e
lapsos ocasionais no tempo onde sentes pouco,
quando te vês de fora mas perdes-te lá dentro.
Não consigo contentar-me com o futuro:
“olha que coincidência é igualzinho ao meu!”
2002
in FOTOSINTESE
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
Gostei das descriçoes, parece que estava a ver essa paisagem mesmo aqui, tao perto....
Beijo.