sexta-feira, 1 de junho de 2007


Doce crepúsculo


Já é tarde
e o vento baloiça nas árvores
que dançam ao som do seu canto.
burburinho imerso, secreto silêncio
as flores rubras de sangue ardente
as rosas doiram o ar com o seu reflexo metal
brancos lírios em seu vítreo suspiro
o ar doce de adocicado mel
agreste sândalo, leve aroma e jasmim
brisa suave, instante perdido na eternidade
mãos violáceas, rubros corpos ensombrados pelo ocaso

Já é tarde
o oceano mergulha no rubro leito do horizonte...
E os nossos lábios à sombra de um beijo.
 
posted by sónia at 12:02 |


8 Comments:


  • At terça jun. 05, 12:10:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    Gostei das descriçoes, parece que estava a ver essa paisagem mesmo aqui, tao perto....
    Beijo.

     
  • At sexta jun. 08, 12:06:00 da tarde, Blogger DE-PROPOSITO

    Já é tarde!
    _Será que é mesmno tarde?... Podemos por vezes é não alcançar, mas será que foi por ser tarde? É que ser tarde, significa anoitecer, e anoitecer o quase final da vida.
    Fica bem.
    Felicidades.
    Manuel

     
  • At sexta jun. 08, 05:39:00 da tarde, Blogger deep

    Este comentário foi removido pelo autor.

     
  • At sexta jun. 08, 05:40:00 da tarde, Blogger deep

    ...mergulhar o mar na cova do horizonte e embalar no seu canto....

    gostei
    um abraço

     
  • At sexta jun. 08, 07:42:00 da tarde, Blogger Ana

    Bonito poema.
    Quando estamos com quem gostamos pode fazer-se tarde porque as horas parecem passar tão depressa mas nunca é tarde demais para um beijo.
    Bom fim de semana.
    beijos

     
  • At sexta jun. 08, 10:18:00 da tarde, Anonymous Anónimo

    Olá Sonia
    Gostei do poema...muito bonito alias.

    **beijos**

    (novo blog)

     
  • At quinta jun. 14, 07:05:00 da manhã, Blogger linfoma_a-escrota

    DIVAGAÇÃO UM E DOIS

    Algo cá dentro atrai para magoar,
    tal qual homicidas traficantes ao desistir de hesitar.
    Questiono a comunhão ideal
    por aspirar estar sozinho como dantes,
    complexado na raíz dos cabelos fechámo-nos
    em mosto cobarde de vício e insanidade
    mas calo-me,
    aqueles olhos vêem-me por fora, dentro
    conhecem o âmago e não fogem ao vê-lo
    (nunca fui tão feliz).
    Algo cá dentro faz candeeiros parecer tudo e nada,
    faz pensar lato incessante,
    eu, tu, ele, nós, vós, eles
    (para que servem os verbos afinal?).
    Óraculos de ódio buscam jardins
    poder, controlo, segurança;
    hálitos cegos em esperança rezam
    chacinam pela procriação (reprimida),
    por diferenças que censuram (querem), ficam-se
    pela ciência visível (que todos conhecem).
    Finaliza o prolongamento e
    fujo do que é de todos os dias pelas
    veredas, varandas e discrepâncias dos andaimes que
    motivam angústia escondida, dores psicológicas e
    lapsos ocasionais no tempo onde sentes pouco,
    quando te vês de fora mas perdes-te lá dentro.
    Não consigo contentar-me com o futuro:
    “olha que coincidência é igualzinho ao meu!”

    2002
    in FOTOSINTESE



    WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM

     
  • At quinta jun. 14, 03:35:00 da tarde, Blogger sónia

    de porpósito não é tarde nesse sentido mas no sentido de tempo (horas). "Já é tarde" refere-se ao tempo em que decorre a acção(crepúsculo)

     

Nome: Sónia Correia
Idade: 21
Cidade: Almada
Profissão: Estudante
E-mail: scorreia.sc86@gmail.com

A vida é um mar de espinhos
onde rosas navegam
num abismo ardente

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