sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007


Vagabundos de nós

Deambulando, vagabundo, pelo vazio inconstante
Infinito crepuscular, intrépida estrada
Pensamentos efémeros, passos mórbidos sob o ar arrepiante
Negrume escurecido, noite incerta, vagabundo
Andar ferido, caminhando, passa despercebido…
Vagabundeando pela rua vagabunda
Insólita, inóspita, escura
Sinistros instintos
Vagabundos os meninos
Mundo vagabundo
Vagabundagem
Vagabundos de nós, perdidos numa vida perdida
Incertos destinos
Concretos caminhos
Na vagabunda eloquência da eterna vagabundice
Vagabunda incerteza
De uma vida de vagabunda tristeza
Miséria, fracasso, mesquinhez
Desdenho, desespero, imundice
Mundo hostil, ignóbil
Desconcerto de alma vil
Que somos nós neste mundo
Senão um mero, singular vagabundo?

 
posted by sónia at 13:13 |


12 Comments:


  • At sexta fev. 23, 04:29:00 da tarde, Blogger Angela

    O teu poema vagabundo pinta uma face da realidade mais obscura, em que nos sentimos perdidos num mundo hostil que rejeitamos. Usas palavras e expressões fortes para caracterizar esse lado negro, o que cria um ambiente muito intenso.

    Gostei muito de te poder reler!

    Um beijo muito grande.

     
  • At sexta fev. 23, 09:19:00 da tarde, Blogger Maria

    Foi a vagabundice mais vagabunda que ja tive o prazer de ler arrepiante lindissimo miga.

    Beijinho e bfs

    FF

     
  • At sexta fev. 23, 09:26:00 da tarde, Blogger DE-PROPOSITO

    Ser vagabundo, um deambular por aqui e por ali. São as leis da vida. Ainda bem que não somos estáticos.
    Felicidades.
    Manuel

     
  • At segunda fev. 26, 09:57:00 da tarde, Blogger Daniele

    Melinha,

    Seu poema é dilacerante, denso, profundo. Você com o lirismo descontruíu o ser, o que nos permeia e trouxe em forma de poesia.

    Maravilhoso.

    Beijos na alma,
    Dani.

    Ps:- Fiz um link do seu blog no meu.

     
  • At terça fev. 27, 09:19:00 da manhã, Blogger sónia

    tas à vontade, daniele

     
  • At terça fev. 27, 01:10:00 da tarde, Blogger OLHAR VAGABUNDO

    :)deixo um sorriso vagabundo,seguido de um beijo mais vagabundo,com o intuito de não ser negro nem distante,mas sim perto e acolhedor dos sentimentos que vagabundeiam as nossas almas,e espero que a tua...

     
  • At terça fev. 27, 02:19:00 da tarde, Blogger Unknown

    "Que somos nós neste mundo
    Senão um mero, singular vagabundo?"

    Ainda bem que por vezes nos é permitido vagabundear por aí...
    Intenso e dramático o teu poema. Gostei muito!

    Beijinhos maninha

     
  • At terça fev. 27, 02:44:00 da tarde, Blogger sónia

    pensamentos vagabundos nao sei pq mas algo me dizia q ias gostar deste poema ;)

     
  • At terça fev. 27, 03:54:00 da tarde, Anonymous Anónimo

    voltaste, e em grande forma, miga, com um poema forte, uma imagem espectacular e uma boa musica.

    o teu blog continua lindo como sempre

    ja tinha saudades, o pouco tempo que demoraste para mim foi muito :)
    mas ca estas de volta, finalmente!

    bem vinda de novo!
    bjinhos

     
  • At quinta mar. 01, 09:30:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    Finalmente de regresso! já tinha saudades de te ler, minha linda.

    e um regresso em pleno, deva-se dizer. o teu poema dá uma imagem dos seres humanos numa unidade, como se todos fossemos um só, para caracterizar o lado mais obscuro do mundo de uma maneira eloquente e infelizmente bastante realista!

    Lindíssimo!
    Um beijinho grande

     
  • At quinta mar. 01, 09:30:00 da manhã, Anonymous Anónimo

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At quinta mar. 01, 02:54:00 da tarde, Blogger Pierrot

    Adjectivos tristes, de raiva mas que ecoam muito forte na nossa cabeça...
    Como banjolins ou flautas de pã que delicadamente ferem os mais distraídos, os vagabundos de espirito.
    Bravo Sónia
    Bjos daqui
    Eugénio

     

Nome: Sónia Correia
Idade: 21
Cidade: Almada
Profissão: Estudante
E-mail: scorreia.sc86@gmail.com

A vida é um mar de espinhos
onde rosas navegam
num abismo ardente

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